Dando Continuidade a postagem de conhecimento básico, segue a segunda parte, dúvidas ou sugestões usem o comentario abaixo ou envie e-mail para infra.sgi@gmail.com
Rack 19"
Um rack de 19 polegadas é um quadro padronizado ou gabinete para a montagem de módulos de equipamentos. Cada módulo tem um painel frontal que é de 19 polegadas de largura, incluindo as bordas ou orelhas que se projetam de cada lado que permitem que o módulo a ser fixado ao chassi de rack com parafusos.
Rack Unit" é a unidade de medida utilizada para descrever a altura de servidores, switches e outros dispositivos montados em racks de 19 polegadas. Cada "rack unit" equivale a 44.45 mm (1.75"). As medidas nesta unidade são representadas pelo número equivalente seguido da letra "U", no formato "1U", "2U", "3U" e assim por diante. Algumas vezes a representação também é feita no formato "1RU". Uma unidade rack ou U é uma unidade de medida utilizada para descrever a altura de equipamentos destinados à montagem em rack de 19 polegadas ou 23 polegadas, um rack (A dimensão refere-se à largura do material de montagem moldura no rack ou seja, a largura do equipamento que pode ser montado no interior do rack). Um rack unidade é 1,75 polegadas (44,45 mm) de altura.
Roteador
Roteador é um equipamento usado para fazer a comutação de protocolos, a comunicação entre diferentes redes de computadores provendo a comunicação entre hosts distantes.
Roteadores são dispositivos que operam na camada 3 do modelo OSI de referência. As duas atividades básicas de um roteador são: a determinação das melhores rotas e o transporte de pacotes.
Os roteadores utilizam tabelas de rotas para decidir sobre o encaminhamento de cada pacote de dados recebido. Eles preenchem e fazem a manutenção dessas tabelas executando processos e protocolos de atualização de rotas, especificando os endereços e domínios de roteamento, atribuindo e controlando métricas de roteamento. O administrador pode fazer a configuração estática das rotas para a propagação dos pacotes ou pode configurar o roteador para que este atualize sua tabela de rotas através de processos dinâmicos e automáticos.
Os roteadores encaminham os pacotes baseando-se nas informações contidas na tabela de roteamento. O problema de configurar rotas estaticas é que, toda vez que houver alteração na rede que possa vir a afetar essa rota, o administrador deve refazer a configuração manualmente. Já a obtenção de rotas dinamicamente é diferente. Depois que o administrador fizer a configuração através de comandos para iniciar o roteamento dinâmico, o conhecimento das rotas será automaticamente atualizado sempre que novas informações forem recebidas através da rede. Essa atualização é feita com a troca de informações entre roteadores vizinhos em uma rede. Os roteadores são capazes de interligar várias redes e geralmente trabalham em conjunto com hubs e switchs. Ainda, podem ser dotados de recursos extras, como firewall, por exemplo.
Modem
A palavra Modem vem da junção das palavras modulador e demodulador. Ele é um dispositivo eletrônico que modula um sinal digital em uma onda analógica, pronta a ser transmitida pela linha telefônica, e que demodula o sinal analógico e o reconverte para o formato digital original.Utilizado para conexão à Internet, BBS, ou a outro computador.
O processo de conversão de sinais binários para analógicos é chamado de modulação/conversão digital-analógico. Quando o sinal é recebido, um outro modem reverte o processo (chamado demodulação). Ambos os modems devem estar trabalhando de acordo com os mesmos padrões, que especificam, entre outras coisas, a velocidade de transmissão (bps, baud, nível e algoritmo de compressão de dados, protocolo, etc).
O prefixo Fax se deve ao fato de que o dispositivo pode ser utilizado para receber e enviar fac-símile.
Os primeiro modens analógicos eram externos. Conectados através das interfaces paralelas, onde a velocidade de transmissão eram de 300 bps (bits por segundo) e operavam em dois sinais diferentes, um tom alto que representava bit 1, enquanto o tom baixo representava o bit 0.
Canaletas
Nas instalações elétricas em geral, os dutos possuem grande importância no transporte de energia elétrica necessária ao bom funcionamento dos equipamentos. Os condutores e dutos devem possuir excelente qualidade e ser utilizados corretamente de acordo com suas finalidades. O dimensionamento de ambos deve ser precedido de uma análise detalhada das condições de sua instalação e da carga a ser suprimida.
Os eletrodutos são os dutos mais comumente utilizados. São tubos de metais (magnéticos ou não) ou de PVC, que podem ser ainda rígidos ou flexíveis. Suas funções gerais são as seguintes: - Proteção dos condutores contra ações mecânicas e contra corrosões; -Proteção do meio contra perigos de incêndio, resultantes do super aquecimento dos condutores ou de arcos.
Os eletrodutos de PVC são geralmente utilizados quando embutidos ou enterrados. Já os de metais são mais utilizados em instalações aparentes. Os eletrodutos de metal não devem possuir costura longitudinal e suas paredes internas devem ser perfeitamente lisas. Também cuidados devem ser tomados quanto às luvas e curvas. Quaisquer saliências podem danificar a isolação dos condutores. A instalação de condutores em eletrodutos deve ser precedida das seguintes considerações: - A taxa máxima de ocupação em relação à área da seção transversal dos eletrodutos não deve ser superior a: - 53% no caso de um único condutor ou cabo; - 31% no caso de dois condutores ou cabos; - 40% no caso de três ou mais condutores ou cabos; - Nos eletrodutos, só devem ser instalados condutores isolados, cabos unipolares ou multipolares, admitindo-se a utilização de condutor nu em eletroduto isolante exclusivo, quando tal condutor se destina a aterramento; - O diâmetro externo dos eletrodutos deve ser igual ou superior a 16mm; - Não deve haver trechos contínuos retilíneos de tubulação maiores do que 15m, nos trechos com curvas, este espaçamento deve ser reduzido de 3m para cada curva de 90º;
As canaletas são feitas geralmente de PVC e servem como proteção mecânica para a passagem dos fios e cabos elétricos/fios telefônicos e são usadas em instalações aparentes. São inúmeros os benefícios de sua utilização: design bonito e moderno, fácil de montar e instalar, sistema de encaixe perfeito, flexibilidade de uso (divisão interna dos perfis permite instalação de diferentes tipos de cabos separadamente). Apesar de ser ter dimensões reduzidas, possuem grande capacidade para condução de fios e cabos. A taxa de condução máxima recomendada pela Norma EIA/TIA 569A é de 40% durante projeto, e 60% para futuras ampliações.
Entrada do Edificio, Facilidades de Entrada ou Entrance Facilities (EF)
Trata-se de um local que abriga uma facilidade de entrada do edifício para ser o ponto de intersecção entre os backbones que interligam diversos edifícios, além de conter o ponto de demarcação de rede externa provida pela operadora telefônica. O distribuidor geral de entradas pode também abrigar equipamentos de telecomunicações. Como principais considerações, temos :
- Devem conter dutos para backbone entre edifícios e prover espaço para entrada e terminação dos cabos que compõem o sistema de backbone;
- O Entrance Facilities deverá estar localizado em área não sujeita a umidade excessiva e tão próximo quanto possível da entrada principal do edifício. Não instalar teto falso dentro do EF;
- Dimensões mínimas do Entrance Facilities para permitir as devidas terminações;
Se a energia elétrica é um dos serviços que compartilham um mesmo duto, esse deverá estar devidamente dividido em partes. Separação mínima entre redes de telecomunicações e circuitos de energia de até 20A/127V ou 13A/240V segundo a Norma TIA/EIA 569A de 1997;
As copiadoras devem localizar-se a uma distância maior do que 3 metros da Sala de Equipamentos;
A distância mínima de 120mm de lâmpadas fluorescentes deverá ser respeitada;
A distância entre cabos de telecomunicações metálicos e os de força (acima de 480V) deverá ter o mínimo 3 metros;
Os pontos de cross-connects, deverão localizar-se a uma distância de 6 metros de painéis de distribuição elétrica e transformadores acima de 480V.
Sala de Equipamentos (ER)
A sala de equipamentos é o local onde encontramos uma infra-estrutura especial para os equipamentos de telecomunicações e computadores, temos Main Cross-Connect, as diversas ligações para os TC e também possui capacidade de alojar os operadores. Pode abrigar o armário de telecomunicações do andar a que pertence.
Como detalhes para a sala de equipamentos, temos :
- Área de localização que permita expansões futuras e facilidade de movimentação para os equipamentos de grande porte;
- A área da sala de equipamentos ou SEQ deverá prover 0,07m² para cada 10m² de espaço na Área de Trabalho, e o tamanho não deverá ser menor do que 14m²;
- Temperatura e umidade controlada na faixa de 18 a 24 graus centigrados, com 30 a 50% de umidade;
- Um eletroduto de no mínimo 1 ½ deverá estar disponível para interligação da Sala de Equipamentos ao ponto central de aterramento do edifício;
- As dimensões para a área da SEQ deve ser de até 100WAs 14m2, de 101 à 400Was 37m2; de 401 à 800WAs 74m2 e de 801 a 1.200WAs 111m2;
- Deverá ser utilizada proteção secundária contra voltagem ou pico de corrente para equipamentos eletrônicos que estão conectados a cabos (campus backbone) que se estendam entre edifícios;
Armário de Telecomunicações (TC)
É a área física que pode armazenar equipamentos de telecomunicações, terminações de cabos e facilidades de Cross-Connects. O TR é um ponto de transição entre os dutos destinados ao Backbone ou cabeamento primário e ao Horizontal Cabling ou cabeamento secundário.
Como principais características propostas por norma para o Armário de Telecomunicações (Telecommunication Room), temos:
- A iluminação do TR deverá possuir no mínimo 500 Lux a 1 metro do solo;
- O TR não deverá ser suportado por teto falso, para facilitar o roteamento de cabos horizontais;
- Uma parede deve ter, no mínimo, prancha de madeira que permita a fixação de hardwares de conexão;
- Tamanho mínimo da porta deverá ter 900mm de largura por 2.000mm de altura e sua abertura voltada para fora do TR;
- Um mínimo de duas tomadas de força (ex. 20A 120V e/ou 13A 240V) deverão estar disponíveis a partir de circuitos elétricos dedicados;
- As tomadas de força deveriam ser colocadas nas paredes em intervalos máximos de 1,8 metro em alturas conforme definido nas normas da ABNT;
- Deverá acessar o ponto principal de aterramento do edifício;
- Sua dimensão deve basear - se na área servida, ou seja 01 TR para até 1000m2. Para áreas menores do que 100m2, utilizar gabinetes de parede. Se a área estiver entre 100 e 500m2, utilizar gabinetes tipo armário (racks);
- As dimensões mínimas do TR devem ser de 3 x 2,2m para até 500m2; 3 x 2,8m para 800m2 e 3 x 3,4m para até 1.000m2;
Compreende as ligações entre o cross-connect horizontal na sala de telecomunicações (TR) até o conector na tomada de telecomunicações na área de trabalho (WA). Os cabos reconhecidos pelo cabeamento horizontal são :
- Cabo UTP com 4 pares 100 Ohms ( também se encaixam o FTP e o ScTP) recomendado no mínimo Cat 5e.
- Fibra multimodo 62,5/125µm ou 50/125µm; O cabo STP com 2 pares 150 Ohms é reconhecido mas não é recomendado.
São considerados ainda os cabos:
- Cabos híbridos: são aqueles onde há reunião de dois ou mais cabos, de mesma ou diferentes categoria, sob a mesma capa.
- Cabos bundled: são aqueles onde cabos são agrupados formando um conjunto único e contínuo Como requisito especial temos que o POWERSUM NEXT deve ser 3dB melhor do que o NEXT entre dois pares na mesma faixa de medidas.
A distância máxima do cabeamento horizontal é de 90m entre o cross-connect horizontal e a tomada de telecomunicações na área de trabalho. No caso dos cabos UTP temos dois tipos um rígido e outro flexível. O primeiro é utilizado no cabeamento horizontal enquanto o segundo é aplicado em cabos de manobra. Além da diferença de características mecânicas temos que a atenuação do cabo flexível é 20% maior do que a do rígido. Sendo assim, dos 100m totais do canal de comunicações, reservamos 90m para cabos rígidos e 10m para os flexíveis. Estes 10m (33ft) estão divididos em 5m (16ft) para a área de trabalho e 5 metros para o cross-connect.
Área de Trabalho (WA)
Espaço onde os usuários utilizam as facilidades de telecomunicação. A tomada ou outlet de telecomunicação presente na Área de Trabalho é o ponto no qual o equipamento do usuário final se conecta ao sistema de distribuição de telecomunicação.
- No mínimo 2 tomadas de telecomunicações para um máximo de 10 metros quadrados;
- Adaptações de conexão na Área de trabalho devem ser externas à tomada de superfície;
- Serão utilizados patch cords para ligar os equipamentos às tomadas de telecomunicações.
- No caso de conectores modulares de oito vias (CM8V), os cabos UTP serão do tipo flexível;
- Para instalações novas, os cordões ópticos na área de trabalho deverão ser SC, ou SFF (Small Form Factor), exemplo MTRJ;
- Todos os 4 pares deverão ser instalados no conector fêmea;
- Distância mínima do piso às tomadas de superfície, 30 centímetros.
Cabeamento vertical ( Backbone Cabling )
O subsistema de Backbone ou Cabeamento Vertical, consiste nos meios de transmissão (cabos e fios), conectores de cruzamento (cross-connects) principal e intermediários, terminadores mecânicos, utilizados para interligar os Armários de Telecomunicações, Sala de Equipamentos e instalações de entrada.
Os cabos homologados na norma EIA/TIA 568A para utilização como Backbone são:
1. Cabo UTP de 100 Ohms (22 ou 24 AWG): 800 metros para voz (20 a 300 MHz); 90 metros para dados (Cat. 3,4 e 5...).
2. Cabo STP (par trançado blindado) de 150 Ohms: 90 metros para dados.
3. Fibra óptica multimodo de 62,5/125 m: 2.000 metros para dados.
4. Fibra óptica monomodo de 8,5/125 m: 3.000 metros para dados.
Para os cabos UTP de 100 Ohms e STP de 150 Ohms, o alcance do cabeamento depende da aplicação. A distância de 90 metros para dados em STP é aplicada para largura de banda de 20 a 300 MHz. Por outro lado, na transmissão de dados numa largura de banda de 5 a 16 MHz, o cabo UTP, categoria 3, tem sua distância reduzida de 800 para 90 metros. A distância de 90 metros é aplicada, também, para as categorias 4 e 5 em larguras de banda de 10 a 20 MHz e 20 a 100 MHz, respectivamente.
O subsistema de Backbone define, também, outros requisitos de projeto, tais como:
- Topologia em estrela;
- Não possuir mais de dois níveis hierárquicos de conectores de cruzamento (cross-connect);
- Os cabos que ligam os cross-connect não podem ultrapassar 20 metros;
- Evitar instalações em áreas onde existam interferências eletromagnéticas e rádio freqüência;
- As instalações devem ser aterradas seguindo a norma EIA/TIA 607.